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Baltazar de Moraes de Antas

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Assinatura de Baltazar de Moraes de Antas

Brasão de armas da família Antas
Baltazar de Moraes de Antas, natural de Mogadouro em Portugal, nascido por volta de 1535, falecido em data anterior a 1600, moço de Câmara da Casa Real[1], foi um dos antigos moradores da cidade de São Paulo, pertencia as ilustres casas medievais dos Antas e dos Moraes, era ainda descendente dos senhores feudais de Vimioso, da honra de Távora, do Paço de Antas, e de Bragança, e por estes descendente direto de reis como Carlos Magno, e Fernando I de Leão. Passou ao Brasil e se estabeleceu em São Paulo onde em 1578 foi eleito Juiz Ordinário, sua eleição foi contestada, mas tomou posse em 30 de janeiro de 1579, por ter o ouvidor Tristão de Oliveira decidido a seu favor, é provável que suspeitas foram levantadas quanto a origem de Baltazar, alegando ser ele um cristão-novo. Baltazar então larga seu posto e retorna a Portugal em sua cidade natal para reunir provas que comprovem ser ele cristão-velho de conhecida e nobre linhagem. Em Portugal vai até sua terra natal, para tirar um instrumento de pureza de sangue, e de comprovação de filiação, e pede o mesmo instrumento que pertenceu ao seu irmão Belchior de Moraes de Antas. Baltazar em seu caminho de volta ao Brasil os faz reconhecer em diversas vilas de Portugal e do Brasil, em 14 de novembro de 1579 reconhece os documentos em Mogadouro, em 23 de novembro, em Torre de Moncorvo, em 5 de dezembro, em Monxagate, em 10 de dezembro, em Mirandela, em 11 de dezembro em Vila Pouca, em 15 de dezembro no Porto, em 17 de junho de 1580, em Funchal, na Ilha da Madeira, e por fim, em 23 de novembro de 1580, na Bahia[2], sendo esta a última notícia que se tem de Baltazar. Ele nunca registrou os documentos em São Vicente, os papéis só foram registrados pela primeira vez pelo seu filho Pedro de Moraes de Antas, em 1600, onde é declarado que Baltazar já era falecido[3]. É o patriarca da tradicional família Moraes de São Paulo, e dentre seus incontáveis descendentes se destacam vários membros da nobreza do Brasil Império, e também ex-presidentes da república. [4]

Relações familiares[editar | editar código-fonte]

Foi filho de Pedro de Moraes (c. 1500), escrivão da Câmara e das sisas de Mogadouro, no reinado de D. João III e de Inês Navarro de Antas (c. 1512), neto paterno de Francisco Rodrigues de Moraes, e neto materno de Nuno Navarro e de Isabel Mendes de Antas (c. 1492)[5]. Segundo Manuel José da Costa Felgueiras Gayo em sua obra Nobiliário das Famílias de Portugal foi Baltazar casado com Maria da Fonseca,[6] no entanto, esta era a esposa de seu irmão Belchior de Moraes de Antas[7]. Casou-se com Beatriz Rodrigues Anes, filha de Joane Anes Sobrinho e Maria Gonçalves, tiveram 6 filhos cuja descendência é descrita por Luiz Gonzaga da Silva Leme em sua obra Genealogia Paulistana no Vol. VII, Tít. Moraes:[8]
  • Pedro de Moraes de Antas, casado com Leonor Pedroso, filha de Estêvão Ribeiro (Baião Parente) e de sua mulher Madalena Fernandes [9] ;
  • Baltazar de Moraes de Antas, o moço, casado com Inês Rodrigues, filha de Domingos Gonçalves da Maia e de sua 2ª mulher Mécia Rodrigues[10];
  • Ana de Moraes de Antas, casada 1ª vez com Pantaleão Pedroso, irmão de Leonor Pedroso supra, e 2ª vez com Francisco Velho[11];
  • Isabel de Moraes, casada com Luís Fernandes, o velho[12];
  • Antônia de Moraes, casada com Manuel de Soveral[13];
  • Maria de Moraes, que em 1590 teve como procurador, o marido de sua irmã Manuel de Soveral, sem mais notícias[14].

Referências

  1.  Manuel Abranches de Soveral. «Baltazar de Moraes de Antas». Base de Dados Genealógica Roglo. Consultado em 31 de maio de 2015
  2.  Regina Moraes Junqueira. «O Instrumento de Baltazar de Moraes». Projeto Compartilhar. Consultado em 31 de maio de 2015
  3.  Regina Moraes Junqueira. «Registro Geral da Câmara Municipal de São Paulo 1661-1709» (PDF). Projeto Compartilhar. Consultado em 31 de maio de 2015
  4.  Francisco Doria. «Antas de Morais» (PDF). Consultado em 3 de novembro de 2015
  5.  Manuel Abranches de Soveral. «Pedro de Moraes». Base de Dados Genealógica Roglo. Consultado em 31 de maio de 2015
  6.  Manuel José da Costa Felgueiras GayoNobiliário das Famílias de Portugal
  7.  «Brasão de armas e outros documentos relativos a Manuel de Moraes Faria Antas da Silva». Arquivo Nacional Torre do Tombo. Consultado em 31 de maio de 2015
  8.  Pedro Taques/Luíz Gonzaga da Silva LemeGenealogia Paulistana, Tít. Moraes, Vol. VII, pág. 3
  9.  Pedro Taques/Luíz Gonzaga da Silva LemeGenealogia Paulistana, Tít. Moraes, Vol. VII, pág. 4
  10.  Pedro Taques/Luíz Gonzaga da Silva LemeGenealogia Paulistana, Tít. Garcias Velhos, Vol. VII, pág. 451
  11.  Pedro Taques/Luíz Gonzaga da Silva LemeGenealogia Paulistana, Tít. Moraes, Vol. VII, pág. 134
  12.  Pedro Taques/Luíz Gonzaga da Silva LemeGenealogia Paulistana, Tít. Moraes, Vol. VII, pág. 165
  13.  Manuel Abranches de Soveral. «Antónia de Moraes». Base de Dados Genealógica Roglo. Consultado em 08 de novembro de 2017
  14.  Manuel Abranches de Soveral. «Maria de Moraes». Base de Dados Genealógica Roglo. Consultado em 08 de novembro de 2017
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Origem árabe: Se um mascate, árabe como dizem, com a venda de uma imagem trocada, acabou por participar indiretamente da fundação de Santa Rosa, remotos descendentes de árabes também participaram, de um modo mais direto. Aqui já haviam chegado bem antes disso, nos primeiros decênios do século XIX, iniciando o desbravamento e povoamento da região. Considerando que, em testes de DNA realizados na população ibérica atual (portugueses e espanhóis), revelam que em cada três indivíduos, um descende de semitas (árabes ou judeus), seria fato corriqueiro tal mestiçagem e esta antiqüíssima descendência nem devia ser mencionada, se não procedesse de um personagem venerado no mundo islâmico, o Profeta Maomé. Quem trouxe o seu sangue nas veias foi um português de origem nobre, mas deserdado, POIS não sendo o primogênito, não herdava o morgado da família, que chegou a São Paulo em 1556, seu nome era Balthazar de Moraes de Antas e, orgulhoso de suas origens, taxado de cristão novo ao tomar posse como Juiz Ordinário da Vila de São Paulo a 30/1/1579, não se conformou com a acusação e voltou a Portugal onde provou sua nobreza, trazendo-a toda documentada, que registrada em 1600 pelo filho, Pedro de Moraes, na Câmara de São Paulo, fato que abriu caminho para ligá-lo genealogicamente ao Profeta Maomé. Abu al-Qasim Muhammad ibn’Abd Allah ibn’Abd al-Muttalib ibn Hashim ou simplesmente Maomé, O Profeta, nasceu em 570 em Meca e faleceu em 632 em Medina, cidades da atual Arábia Saudita, do seu casamento com Khadijah bint Khuwaylid nasceu no ano 600 a filha Kuttum Umm Kashim que se casou com Yazid, 2° califa Omiada. No ano de 711 os árabes invadem a Península Ibérica, a maior parte dessa é conquistada e a dominação persiste por quase oitocentos anos. Em meados do século VIII, vamos encontrar Abd-ar-Rahman, tetraneto de Kuttum Umm Kashim com o título de 1° Emir de Córdoba, as gerações continuam até o 4° Emir e depois passam pelos califas, até, Addallah ibn Muhammed, 3° califa Umayyida de Córdoba (entre 888 e 912), uma bisneta desse Califa, Zayra ibn Zayda, nascida no ano 940 casa-se com o cristão Lovesendo Ramires, filho natural de Ramiro II, rei de Leão, origina-se então uma linhagem cristã enobrecida, os chamados Senhores da Maia (de Umayyida, nome original do clã), e com o casamento de Tereza Soares da Maia com Fernão Mendes assumem então a linha de frente os Senhores de Bragança que chegam ao patriarca da família no Brasil, Balthazar de Moraes de Antas. Parte de seus descendentes participa da fundação de Santa Rosa: os Garcia (de Figueiredo), os Pereira (de Castro), os Ribeiro (do Valle),os Vilela (de Andrade), mas esquecem do primo distante, também do sangue do Profeta e muito mais próximo dele, na cronologia e principalmente na fé, da qual parece ser herdeiro, popular e muito querido, Santo Antônio, chegou um pouco depois, na alma e no coração dos italianos. Nomeado primeiro pároco de Santa Rosa, aqui chega em 1909 o padre Gastão de Moraes, nascido em Santos, SP, por linhagem paterna é décimo neto de Balthazar de Moraes de Antas e, portanto mais um descendente distante de árabes e de Maomé na fundação de Santa Rosa, aqui permanece só por pouco mais de um ano, mas marca sua presença com a iniciativa e o princípio da construção da atual Igreja Matriz, cujos trabalhos contam com a contribuição da excelsa senhora Dona Izabel de Bragança e Orleans que envia às obras da Matriz a esmola de cem mil réis, pode ser uma coincidência interessante, pois possivelmente a princesa Izabel é mais uma descendente do Profeta, por um mecanismo genealógico ainda não bem esclarecido, talvez o mesmo que põe no rol, Elizabeth II, a atual rainha da Inglaterra. Autor: Paulo Tarso Ribeiro.

Fonte: https://www.genealogiahistoria.com.br/index_historia.asp?categoria=4&categoria2=4&subcategoria=255

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Dantas

Em 1578 Baltazar de Moraes foi eleito juiz ordinário em São Paulo, mas sua eleição foi contestada. Como o ouvidor Tristão de Oliveira decidiu a causa em seu favor, Baltazar tomou posse em 30 de janeiro de 1579, mas em 19 de abril partiu para o reino a fim de obter testemunhas de sua filiação e um documento que comprovasse sua pureza de sangue. O propósito dessa viagem levanta a suspeita de que Baltazar tenha sido denunciado como judaizante.

O documento de que ele necessitava, um instrumento de comprovação de nobreza, estava de posse de seu irmão Belchior de Moraes, mas foi trasladado, pois já estaria desgastado pelo uso. Tendo a comprovação de filiação por testemunhos e de posse do instrumento de pureza de sangue, Baltazar providenciou reconhecimentos cartoriais em Portugal e no Brasil.

Segundo a obra de Elysio de Oliveira Belchior Conquistadores e Povoadores do Rio de Janeiro, Baltazar nascera em Mogadouro, Portugal, por volta de 1530, e era filho de Pedro de Morais e de Isabel Navarro de Antas. Casou-se com Brites Rodrigues Anes e morreu antes de 1600. Baltazar e Brites foram os octavós de Maria Tereza da Paz (1791-1855), minha tetravó.

A genealogia dos Antas, a nobre família de Baltazar, pode ser encontrada no registro do Brasão de Armas e outros documentos relativos a Manuel de Morais Faria Antas da Silva, produzido em 1724 e disponível em formato digital nos arquivos do site da Torre do Tombo.

É desse documento que transcrevo os trechos a seguir, com meus destaques, em que essa genealogia é apresentada geração a geração desde o primeiro a supostamente usar o sobrenome Antas em Portugal.

A família dos Antas é uma das mais antigas e nobres das Espanhas, segundo alguns autores aparentada muitas vezes com os reis, príncipes e casas ilustres delas. Teve o seu princípio em tempos do senhor Rei Dom Afonso, o sexto, de Castela. O primeiro de quem temos notícia que usasse esse apelido foi D. Mendo Alão, senhor de Bragança e de outras muitas terras em Castela, o qual procedia dos ditos reis de Castela. Casou com uma filha de El Rei de Armênia quando com sua família se passou ao dito reino – de quem teve – Fernão Mendes de Antas, que casou com uma filha de El Rei D. Afonso, o sexto, de Castela chamada D. [Sancha de Leão] e dela teve a – Mem Fernando de Antas, o qual casou com D. Sancha Viegas, filha de Egas Gozendes – e teve Fernão Mendes de Antas […], que casou com D. Tereza Soares, filha de Soeiro Mendes, o bom – de que teve a – Fernão Mendes de Antas de Laerra, que casou com D. Grácia Pires, de que teve a – Vasco Pires de Antas, que casou com D. Aldonça Gonçalves de Moreira, de que teve a – Vasco Pires de Antas Vairão [Beirão] com o mesmo senhorio do Vimioso, Chacim e outras terras; casou com D. Inês Rodrigues de Moraes, filha de Rui Martins de Moraes e de D. Alda Gonçalves, de que teve a Afonso Mendes de Moraes Antas, que teve o senhorio da vila do Vimioso e outras terras em tempo de El Rei D. João, o primeiro; casou com D. Aldonça Gonçalves de Moraes, filha de Lourenço Pires de Távora, senhor do Mogadouro, e tiveram a – Mendo Afonso de Moraes Antas, que sucedeu a seu pai no senhorio do Vimioso como consta de um brasão dado a Belchior de Moraes Antas, seu quinto neto, no ano de mil e quinhentos e oitenta e seis; e casou com D. Margarida de Vasconcelos e teve a – Estevão Mendes de Moraes Antas […], filho primeiro e herdeiro da casa de seu pai […], foi casado com D. Maria de Madureira filha, de que teve a – Vasco Rodrigues de Moraes Antas […], que casou com D. Micaela de Albuquerque na mesma vila e teve a – Pedro de Moraes Antas, que casou com D. Inês Navarro Dantas e teve – […] Baltazar de Moraes Antas, que casou em Longroiva da Beira dotado de muitos bens e especiais privilégios da sua casa e deste descendem [o citado Belchior de Moraes Antas e seu irmão Baltazar de Moraes de Antas, com quem iniciamos este texto]

Encontrar ramos ligado à nobreza durante a pesquisa é uma sorte para qualquer genealogista, pois esses ramos normalmente legaram descrições genealógicas detalhadas para a posteridade. Graças à documentação de nobreza encontrada, minha genealogia alcançou a vigésima-sexta geração.


José Araújo é genealogista.

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